segunda-feira, 24 de maio de 2010
Gil Vicente e as principais características do teatro vicentino
Gil Vicente é considerado o criador do teatro português pela apresentação, em 1502 de seu Monologo do Vaqueiro (também conhecido como Auto da Visitação).
Sobre a vida de Gil Vicente pouco se sabe. Supõe-se que tenha nascido por vota de 1465 e morrido cerca de 1536. A primeira data seguramente ligada ao poeta é o ano de 1502, quando na noite de 7 para 8 de junho, recitou o Monologo do vaqueiro no quarto de D. Maria, esposa de D. Manuel, que acabava de dar a luz ao futuro rei D. João III. Durante 34 anos produziu textos teatrais e algumas poesias, sendo que sua última peça – Floresta de enganos – data de 1536.
Se nada se sabe a respeito de sua origem, podemos afirmar com certeza que viveu a vida palaciana como funcionário da corte e que possuía bons conhecimentos da língua portuguesa, bem como do castelhano, do latim e de assuntos teológicos.
O teatro vicentino é basicamente caracterizado pela sátira, criticando o comportamento de todas as camadas sociais: a nobreza, o clero e o povo.
Apesar de sua profunda religiosidade, o tipo mais comumente satirizado por Gil Vicente é o frade que se entrega a amores proibidos (chegando a enlouquecer de amor), à ganância (na venda de indulgências), ao exagerado misticismo, ao mundanismo, à depravação dos costumes. Criticou desde o frade de aldeia até o alto clero dos bispos, cardeais e mesmo o papa.
A baixa nobreza representada pelo fidalgo decadente e pelo escudeiro é outra faixa social insistentemente criticada pelo autor.
Por outro, o teatro vicentino satiriza o povo que abandona o campo em direção à cidade ou mesmo aqueles que sempre viveram na cidade, mas que, em ambos os casos, se deixam corromper pela perspectiva do lucro fácil.
Riquíssima é a galeria de tipos humanos que formam o teatro vicentino: o velho apaixonado que se deixa roubar; a alcoviteira; a velha beata; o sapateiro que rouba o povo; o escudeiro fanfarrão; o médico incompetente; o judeu ganancioso; o fidalgo decadente; a mulher adultera; o padre corrupto. Gil Vicente não tem a preocupação de fixar tipos psicológicos, e sim a de fixar tipos sociais. Observe que a maior parte dos personagens do teatro vicentino não tem nome de batismo: os personagens são normalmente designados pela profissão ou pelo tipo humano que representam.
Quanto à forma, a utilização de cenários e montagens, o teatro de Gil Vicente é extremamente simples. Tampouco obedecem às três unidades do teatro clássico – ação, lugar e tempo. Seu texto apresenta uma estrutura poética, com o predomínio da redondilha maior (sete sílabas), havendo mesmo varias cantigas no corpo de suas peças.
Sobre a vida de Gil Vicente pouco se sabe. Supõe-se que tenha nascido por vota de 1465 e morrido cerca de 1536. A primeira data seguramente ligada ao poeta é o ano de 1502, quando na noite de 7 para 8 de junho, recitou o Monologo do vaqueiro no quarto de D. Maria, esposa de D. Manuel, que acabava de dar a luz ao futuro rei D. João III. Durante 34 anos produziu textos teatrais e algumas poesias, sendo que sua última peça – Floresta de enganos – data de 1536.
Se nada se sabe a respeito de sua origem, podemos afirmar com certeza que viveu a vida palaciana como funcionário da corte e que possuía bons conhecimentos da língua portuguesa, bem como do castelhano, do latim e de assuntos teológicos.
O teatro vicentino é basicamente caracterizado pela sátira, criticando o comportamento de todas as camadas sociais: a nobreza, o clero e o povo.
Apesar de sua profunda religiosidade, o tipo mais comumente satirizado por Gil Vicente é o frade que se entrega a amores proibidos (chegando a enlouquecer de amor), à ganância (na venda de indulgências), ao exagerado misticismo, ao mundanismo, à depravação dos costumes. Criticou desde o frade de aldeia até o alto clero dos bispos, cardeais e mesmo o papa.
A baixa nobreza representada pelo fidalgo decadente e pelo escudeiro é outra faixa social insistentemente criticada pelo autor.
Por outro, o teatro vicentino satiriza o povo que abandona o campo em direção à cidade ou mesmo aqueles que sempre viveram na cidade, mas que, em ambos os casos, se deixam corromper pela perspectiva do lucro fácil.
Riquíssima é a galeria de tipos humanos que formam o teatro vicentino: o velho apaixonado que se deixa roubar; a alcoviteira; a velha beata; o sapateiro que rouba o povo; o escudeiro fanfarrão; o médico incompetente; o judeu ganancioso; o fidalgo decadente; a mulher adultera; o padre corrupto. Gil Vicente não tem a preocupação de fixar tipos psicológicos, e sim a de fixar tipos sociais. Observe que a maior parte dos personagens do teatro vicentino não tem nome de batismo: os personagens são normalmente designados pela profissão ou pelo tipo humano que representam.
Quanto à forma, a utilização de cenários e montagens, o teatro de Gil Vicente é extremamente simples. Tampouco obedecem às três unidades do teatro clássico – ação, lugar e tempo. Seu texto apresenta uma estrutura poética, com o predomínio da redondilha maior (sete sílabas), havendo mesmo varias cantigas no corpo de suas peças.
Algumas manifestações :
• Teatro
O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período.
Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.
Sua obra pode ser dividida em 2 blocos:
Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião.
“Auto da alma” e “Trilogia das barcas” são alguns exemplos.
Farsas: peças cômicas curtas. Enredo baseado no cotidiano.
“Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são alguns exemplos.
• Poesia
Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época.
O cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.
• Prosa
Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos.
Fernão Lopes foi o mais importante cronista(historiador) da época, tendo sido considerado o “Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um papel importante nas mudanças da história, essa importância era, anteriormente atribuída somente à nobreza.
• Obras
“Crônica d’El Rei D. Pedro”
“Crônica d’El Rei D. Fernando”
“Crônica d’El Rei D. João I”
O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período.
Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.
Sua obra pode ser dividida em 2 blocos:
Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião.
“Auto da alma” e “Trilogia das barcas” são alguns exemplos.
Farsas: peças cômicas curtas. Enredo baseado no cotidiano.
“Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são alguns exemplos.
• Poesia
Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época.
O cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.
• Prosa
Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos.
Fernão Lopes foi o mais importante cronista(historiador) da época, tendo sido considerado o “Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um papel importante nas mudanças da história, essa importância era, anteriormente atribuída somente à nobreza.
• Obras
“Crônica d’El Rei D. Pedro”
“Crônica d’El Rei D. Fernando”
“Crônica d’El Rei D. João I”
O Humanismo
Foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento.
Como o próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado.
Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia.
Os burgueses não eram nem servos e nem comerciantes.
Com o aparecimento desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo se mudaram para morar nestas cidades, como conseqüência o regime feudal de servidão desapareceu.
Foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos.
O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza. As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.
Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas.
É bom ressaltar que todas essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.
HUMANISMO = TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO
Como o próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado.
Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia.
Os burgueses não eram nem servos e nem comerciantes.
Com o aparecimento desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo se mudaram para morar nestas cidades, como conseqüência o regime feudal de servidão desapareceu.
Foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos.
O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza. As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.
Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas.
É bom ressaltar que todas essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.
HUMANISMO = TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Humanismo
Humanismo é o nome que se dá à produção escrita histórica literária do final da Idade Média e início da Moderna , ou seja , parte do século XV e início do XVI , mais precisamente , de 1434 a 1527 . Três actividades mais destacadas compuseram esse período : a produção historiográfica de Fernão Lopes , a produção poética dos nobres , por isso dita Poesia Palaciana , e a actividade teatral de Gil Vicente .
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